Pelo que se percebe, o tempo aqui não é cronológico, é psicológico.
Eu escrevo quando quero, quando sinto a necessidade. Hoje eu a tenho, sinto-me sozinha - como sempre - e frustrada. É difícil ver várias pessoas fazendo aquilo que você mais quer e não pode. É difícil quando se é obrigada a escolher entre algo necessário e algo que você deseja.
Não que eu não queira o necessário, mas aquilo que eu desejo eu quero com mais vontade, com mais sede.
Quero viajar, botar uma mochila nas costas e rodar o mundo, tá, não precisa ser o mundo, um país já está muito bom. Talvez não seja verdadeiramente vontade de viajar, mas de fugir, fugir daquilo que sou todos os dias. Fugir da rotina, do dorme-acorda-faculdade-estudo-estudo-estudo-dormir.
Simplificando, é foda quando aquilo que você espera da vida não é aquilo que ela te dá.
Life is a bitch.
Não que eu me adore de maneira tal que o mundo ao meu redor se torne supérfluo, eu apenas não tenho mais ninguém além de mim mesma. Because in the end, all we got is ourselves.
domingo, 4 de setembro de 2011
domingo, 7 de agosto de 2011
Dia 01
Por que o blog?
Eu não tenho ninguém pra dividir meu dia, minhas desventuras. Aliás tenho, mãe e irmão, mas cada um vive no seu próprio mundo. Nós não somos uma família no sentido lato da palavra. Nós coexistimos, vivemos juntos debaixo de um mesmo teto, mas em universos distintos que só se cruzam quando se chocam.
Meu irmão é um problemático, acho que até mesmo um fracasso. Mas não vou me estender nesse assunto.
Minha mãe....hunf, minha mãe. Para ela eu estou sempre errada. Não importa quão certa eu esteja. Eu continuo errada. Se algo dá problema, não lhe ocorre que um outro alguém tenha cometido o equívoco, eu o cometi e pronto. E isso acontece desde sempre.
Sei lá, às vezes me pergunto se ela quis ser mãe, ou se os filhos foram fruto da pressão externa, pois ela não tem o dom. Minha mãe não é maternal. Nunca foi e nunca será. Ela não quer saber do meu dia, dos meus dramas, das minhas felicidades. Ela só quer saber dos meus resultados. Se fui bem, não fiz mais do que minha obrigação. Se fui mal, sou um fracasso completo.
Acho que as frases que mais ouço dela são : "você está gorda", "teu cabelo tá feio", "você é burra" e "é culpa do seu pai".
Outra coisa que me irrita é que ela não ouve a gente, nunca. Parece que está sempre muito cansada para ouvir os filhos ou que nós estamos aqui pra ocupar espaço na vida dela, assim, peso morto sabe? Mas para falar do que a interessa, nossa, ela pensa que a gente está super interessado. Não, mãe, eu não quero saber da família do teu namorado.
Ai, já deu.
Eu não tenho ninguém pra dividir meu dia, minhas desventuras. Aliás tenho, mãe e irmão, mas cada um vive no seu próprio mundo. Nós não somos uma família no sentido lato da palavra. Nós coexistimos, vivemos juntos debaixo de um mesmo teto, mas em universos distintos que só se cruzam quando se chocam.
Meu irmão é um problemático, acho que até mesmo um fracasso. Mas não vou me estender nesse assunto.
Minha mãe....hunf, minha mãe. Para ela eu estou sempre errada. Não importa quão certa eu esteja. Eu continuo errada. Se algo dá problema, não lhe ocorre que um outro alguém tenha cometido o equívoco, eu o cometi e pronto. E isso acontece desde sempre.
Sei lá, às vezes me pergunto se ela quis ser mãe, ou se os filhos foram fruto da pressão externa, pois ela não tem o dom. Minha mãe não é maternal. Nunca foi e nunca será. Ela não quer saber do meu dia, dos meus dramas, das minhas felicidades. Ela só quer saber dos meus resultados. Se fui bem, não fiz mais do que minha obrigação. Se fui mal, sou um fracasso completo.
Acho que as frases que mais ouço dela são : "você está gorda", "teu cabelo tá feio", "você é burra" e "é culpa do seu pai".
Outra coisa que me irrita é que ela não ouve a gente, nunca. Parece que está sempre muito cansada para ouvir os filhos ou que nós estamos aqui pra ocupar espaço na vida dela, assim, peso morto sabe? Mas para falar do que a interessa, nossa, ela pensa que a gente está super interessado. Não, mãe, eu não quero saber da família do teu namorado.
Ai, já deu.
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